08 abril 2013

A descrição de um aborto por uma ex-abortista e hoje pró-vida






Em seu livro "não planejadas", Abby Johnson descreve a crise que ocorreu em sua própria vida e como ela encontrou ajuda nas pessoas que ela mesma, durante anos, tinha considerada como seus inimigos. Abby, que teve dois abortos na faculdade, narra como ela se juntou a Planned Parenthood (a maior rede de aborto nos USA) na crença equivocada de que ao fazer isso ela conseguiria evitar gravidezes indesejadas, reduzindo assim o número de abortos. Depois de ter trabalhado há vários anos em posição administrativa, agendamento de visitas de pacientes e aconselhamento de mulheres, ela tornou-se diretora de uma clínica da Planned Parenthood.

Ela descreve o horror esmagador do aborto de um feto de 13 semanas, que ela experimentou quando  participou no processo de aborto pela primeira vez como técnica de ultra-som. Ultra-som para informar sobre os abortos eram raros em sua clínica porque levavam 15 minutos, em oposição aos 10 minutos atribuídos a cada aborto cirúrgico a fim de completar a quota clínica de 35 abortos por dia. 

Aqui está o que ela diz:

"Eu estava esperando ver o que eu tinha visto em ultrasons anteriores (diagnóstico)... Normalmente ...eu via primeiro uma perna, ou a cabeça, ou alguma imagem parcial do tronco ... mas desta vez a imagem estava completa. Eu podia ver o todo, a imagem perfeito, do bebê. "Como a Graça com 12 semanas", pensei surpresa, recordando a minha primeira espiada na minha filha, três anos antes aconchegada com segurança dentro do meu útero, só que mais claro, mais nítido. O detalhe me assustou. Eu podia ver claramente o perfil da cabeça, os braços, pernas, e até mesmo os pequenos dedos das mãos e pés, perfeito.

Com meus olhos, ainda colados à imagem do bebê perfeitamente formado, eu assisti como uma outra imagem entrou na tela de vídeo. A cânula, um instrumento em forma de canudo ligado à extremidade do tubo de sucção - tinha acabado de ser introduzido no útero e aproximava-se do lado do bebê. Parecia um invasor na tela, fora de lugar. Errado. Parecia errado.

Meu coração acelerou. Tempo parou. Eu não queria olhar, mas eu não queria parar de olhar também. Eu não poderia não assistir. Fiquei horrorizada, como aquela pessoa que dirige devagar quando está passando perto de destroços de um terrível acidente de automóvel - não querendo ver um corpo mutilado, mas olhando tudo ao mesmo tempo.

Meus olhos se arrastam para a face da paciente: lágrimas escorriam dos cantos de seus olhos. Eu podia ver que ela estava com dor. A enfermeira limpou o rosto da mulher com um tecido. "Respire", a enfermeira gentilmente disse à ela. "Respire".

"Está quase acabando", eu sussurrei. Eu queria ficar concentrada nela, mas meus olhos voltaram para a imagem na tela.

No início, o bebê não parecia consciente da cânula, que suavemente sondava ao lado do bebê, e por um rápido segundo, eu senti alívio. É claro, eu pensei, o feto não sente dor ... como tinha sido ensinado à mim, pela Planned Parenthood. O tecido fetal não sente nada, uma vez que é removido ... O próximo movimento foi o empurrão repentino de um pé minúsculo quando o bebê começou a chutar como se estivesse tentando se afastar da sondagem do invasor. Com a cânula pressionando, o bebê começou a lutar, virando-se e torcendo-se a distância. Parecia claro para mim que o feto podia sentir a cânula e não gostava da sensação. 

E então a voz do médico rompeu assustando-me.
"Beam me up, Scotty"*, disse ele despreocupadamente para a enfermeira. Ele estava dizendo para ela ligar a aspiração ...

Eu tive uma súbita vontade de gritar: "Pare!" De sacudir a mulher e dizer: "Olhe o que esta acontecendo com seu bebê! Acorde! Depressa! Pare-os!
"... Olhei para a minha própria mão segurando a sonda. Eu era um "deles" realizando esse ato ... A cânula já estava sendo girada pelo médico, e agora eu podia ver o corpo minúsculo violentamente torcendo-se com a cânula. Por um breve momento parecia que o bebê estava sendo torcido como um pano de prato, girando e apertando. E então o pequeno corpo amassado, começa a desaparecer dentro da cânula diante dos meus olhos. A última coisa que vi foi a minúscula espinha dorsal, perfeitamente formada sugada para dentro do tubo, e depois tudo se foi. E o útero estava vazio. Totalmente vazio. "(13)

Embora ela tentou continuar trabalhando - pelo menos nos dias em que abortos cirúrgicos não fossem agendados - alguns dias depois, ela percebeu que os abortos médicos estavam sendo prescritos na clínica em uma base regular. A realidade das terríveis conseqüências de seu trabalho naquele lugar ao longo dos últimos oito anos desabou em sua cabeça. Ela sentiu-se forçada à correr pela porta detrás. Ela buscou refúgio na sede da coalizão pró-vida do outro lado do muro, em frente à clínica Planned Parenthood, - grupo cujos voluntários têm rezado silenciosamente e gentilmente oferecido aconselhamento para as mulheres que procuram abortos por todos esses anos - um grupo considerado pela Planned Parenthood como  inimigos. Ela foi recebida carinhosamente por eles, consolada, e rezaram por ela. Eles até mesmo ajudaram-a encontrar um novo emprego em um consultório de um médico, que já havia sido um abortista e teve uma conversão semelhante à dela.

Em seu livro Abby nos pede para não demonizar aqueles que defendem e realizar abortos, mas sim para rezar por eles, para tentar integrá-los, e estar lá para eles quando a sua negação é quebrada pois eles precisam desesperadamente de auxílio, cuidados e apoio.

Provedores de aborto também são feridos por sua terrível tarefa. Muitos médicos, enfermeiros, assistentes sociais e pessoal de apoio que trabalham em instalações que realizam abortos têm uma história de aborto em suas próprias vidas. Suas próprias questões mal resolvidas de dor e culpa são mantidas temporariamente à distância por mecanismos de defesa de negação, formação reativa, e identificação com o agressor. Quando essas defesas quebram, e na realização de seus traumas e os traumas que eles causaram aos outros podem oprimí-los, eles precisarão de compaixão e cuidados para si.


Nota minha:
Abby Johnson hoje, além de ser uma das maiores ativistas do movimento pró-vida, possui um grupo de apoio para os funcionários de clínicas de aborto. Estes funcionários possuem muita dificuldade em encontrar emprego quando há Planned Parenthood em seus currículos, portanto sua fundação veio cobrir uma lacuna do movimento pró-vida nos EUA, ela oferece suporte espiritual, mental e também financeiro aos ex-funcionários desta aberração chamada Planned Parenthood - (Paternidade Planejado seria a tradução).

3 comentários:

  1. Oi Fer!

    É bem interessante que hoje, especialmente entre os católicos, há o uso do termo "Paternidade responsável"... A semelhança entre termos "Paternidade planejada" e "Paternidade responsável" é, no mínimo, curioso, não acha?

    Beijos!

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  2. Ishiii Mel!

    Vai tentar explicar coisas como essa aqui que vc apanha rsrssr...
    A coisa está tão confusa que o tal de NFP (não sei como se chama aí no Brasil) passou a ser ensinado de - ser usado somente em motivos graves para ser usado para ajudar na união do casal(?) É sugerido como terapia de casal agora! Acredita?? Confissão,comunhão,oração?? Ninguém sabe mais que Jesus é o único que cura!

    Nossa vc tocou em um assunto que me dá nos nervos! Percebeu,né?

    Bjs e fica com Deus!

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    Respostas
    1. Cruzes!! Mas não duvido que algo assim aconteça aqui também! Esse assunto também me dá nos nervos!!!

      Beijinhos!!

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In Christo Rege!

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