24 julho 2010

Na hora da morte

“Deus preveniu os pecadores que na hora da morte o procurarão e não o hão de achar (Jo 7,34). Disse que então já não será tempo de misericórdia, mas sim de justa vingança (Dt 32,15).


A razão nos ensina esta mesma verdade, porque na hora da morte, o mundano se achará fraco de espírito, obscurecido e duro de coração pelos maus hábitos que contraiu; as tentações então manifestar-se-ão mais violentas, e ele, que em vida se acostumou a render-se e a deixar-se vencer, como resistirá naquele transe? Seria necessária uma graça extraordinária e poderosa para lhe transformar o coração. Mas será Deus obrigado a lha conceder? Ou talvez a mereceu pela vida desordenada que levou? E, no entanto, trata-se nessa ocasião da desdita ou da felicidade eterna. Como é possível, ao pensar nisto, que aquele que crê nas verdades da fé não renuncie a tudo para entregar-se inteiramente a Deus, que nos julgará segundo as nossas obras?”

(Santo Afonso de Ligório. Preparação para a morte. Edição PDF. Página 21)

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In Christo Rege!

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