18 junho 2010

Educação da criança: no que consiste?

“Que é educar um menino?

“É por acaso cuidar, satisfazer suas necessidades e não permitir que lhe falte coisa alguma em alimentos e vestuário? – Não. É ensinar-lhe a ler e escrever e comunicar-lhe os conhecimentos que mais tarde necessite para acertar seus negócios temporais? – Não. Educação é obra mais nobre....”.

Após mostrar que tudo isso é bom e necessário ao menino, mas de menor importância, o Santo Marcelino Champagnat explica que, devido ao pecado original, com o qual nascemos, temos inclinação a todos os vícios.
“É um lírio [a criança], mas rodeado de espinhos; uma vinha, mas que necessita ser podada.... O objeto da educação é arrancar esses espinhos, podar essa vinha.... “É corrigir seus vícios e defeitos, tais como o orgulho, a indocilidade, a falsidade, o egoísmo, a gula, a grosseria, a ingratidão, a preguiça etc. Logo ao nascer estes e outros vícios, é quando urge podá-los; é necessário matar a víbora antes que cresça e surja o veneno; curar o mal-estar antes que degenere em doença mortal. Quando pela primeira vez se descobre um defeito no menino, a repreensão suave, um ligeiro castigo bastam para remediá-lo e esmagar o gérmen de mal; mas se o deixais crescer, converter-se-á em um hábito que não conseguireis corrigir apesar de todos vossos esforços. Os vícios e defeitos incipientes – que se consideram de pouca monta, e com este pretexto deixam de reprimir-se – são, diz Tertuliano, os gérmens dos pecados que pressagiam uma vida animal. “Os espinhos, quando começam a brotar, não picam; as serpentes quando nascem, carecem de veneno; mas com o tempo os espinhos endurecem e ficam pontiagudos como espadas, e as serpentes desenvolvem o veneno à medida que envelhecem. O mesmo sucede com os vícios e defeitos do menino; se se os deixa crescer e desenvolver, transformam-se em paixões tirânicas, hábitos criminosos que resistem a todo esforço e não são capazes de correção”(*)
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(*) Enseñanzas Espirituales, del Padre Santo Marcelino Champagnat, Editorial Luis Vives, S.A. – Zaragoza, 1955, pp. 307 a 309.

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In Christo Rege!

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