25 fevereiro 2011

Histórias reais e imaginárias


Essa foto do livro Peter Rabbit (Pedro o coelho) da Senhora Coelho vindo ao longo de um caminho na floresta com seu lenço vermelho e uma cesta  pode ter ficado na memória dos leitores. Certamente esta na minha. Os livros de Beatrix Potter atraíram a minha joven imaginação para um mundo que parecia um ambiente aconchegante e iluminado. A volta do mundo comum, à luz do dia que eu habitava, ou seja, o café-da-manhã, sala de jogos, o meu triciclo amarelo, meus amigos, os meus pais e família. Tom Kitten, Mr. Jeremy Fisher, a Sra. Tittlemouse, Jemima PuddleDuck, Mrs. Tiggy-Winkle, e o resto deles: meus devaneios eram lançados através de uma luz suave que iluminava os campos, matas, fazendas e morros dos livros de Potter.

Claro, tudo era meramente um mundo imaginário. Tinhamos que colocar de lado um instante e ir ao rumo normal de vida. Mas há duas palavras que podem ter um exame minucioso: "meramente" e "imaginário".

-Meramente, para começar-: Esta palavra traz consigo a sugestão de que uma é coisa de pouca ou nenhuma importância, e deve, mais cedo ou mais tarde sobrevir pelas responsabilidades. Você não pode ter um menino em idade escolar sempre recolhido ao Ursinho Pooh, por exemplo, quando ele deveria estar fazendo a sua lição de  Latim ou tarefas de família.
E, -imaginário-: Normalmente, esta palavra sugere algo que está contra o mundo real para que nós, mortais, deve nos dirigir. Um homem pode fazer uma tempestade num copo d'água  no seu dia a dia, ou  buscar escapar de suas responsabilidades na miragem de sua imaginação - dizemos que este homem está em grande dificuldade. O meramente e o imaginário devem curvar-se ao chamado real quando há conflito entre os dois.

Mas então, a Sra. Coelho  transforma-se em um mundo que há outros habitantes: Zeus, Jacinto, Artur, Lear, Jean Valjean, David Copperfield, e os outros. Certamente isto é todo o mundo meramente imaginário?

Bem, sim, na maioria. Mas quando este impressionante elenco aparece em cena, começamos a perguntar se "meramente"  faz justiça à coisa. E mesmo a palavra "imaginário" começa a assumir um peso que não contávamos quando nós estávamos falando sobre coelhos.

O que é este peso que parece se ligar a este mundo meramente imaginário? Distinções podem ser traçadas entre leve e pesado, para ter certeza: Alguém poderia  do lado de cá, gostar da Sra. Coelho, tanto quanto do  Rei Lear. Por outro lado, este mundo irreal de imaginação há milênios mancha nosso mundo "real" das coisas. Os faraós, os imperadores, JS Bach, Bismarck, John D. Rockefeller, Winston Churchill, você e eu - aqui é o mundo real. Mas desde o início, os homens disseram contos. Não importa que os tigres de dentes afiados estejam rondando,  que os Hunos estejam na porta, peste bubônica devastando ou há crianças famintas. O estranho é que a estória parece de alguma forma ser possível. Não só não deixaremos de contar contos em tempos calamitosos mas os contos parecem terem inundado o mundo e levam-nos pelo seu poder estranho a meditar sobre a completa profundidade, imensidão, luminescência e a gravidade da nossa situação como mortais. Hoeing nabos,  voltando aos Hunos, invenção do motor de combustão interna e computadores e criando nossas famílias - os detalhes desses empredimentos existem de frente e no centro, por assim dizer. Mas qual  é o cenário contrário a que todos esses assuntos procedem?

Certamente é esse mundo despertado e reunido em grandes figuras da imaginação? Coragem, robustez, nobilidade, sofrimento, intrepidez, graça, doçura, auto-doação, heroísmo, - essas qualidades estão a trabalhar no mundo real da nossa mortalidade e encarnado e vivificado e introduzido nas estórias e figuras que a imaginação humana tem criado. De alguma forma, a estória são possíveis e nos chamam, como mortais, não apenas a viver do começo ao fim tudo que a vida pede de nós, mas para fazer uma pausa e colocar a nossa experiência - em história, pintura, escultura,dança e música - este chamado não vai nos deixar em paz de alguma forma.

Essa última lista é o que constitui o mundo da arte - obras de imaginação. Para marcar, explicar e analisar a experiência humana é uma coisa, e esse é o trabalho da ciências e de vários disciplinas intelectuais. Mas de Cro-Magnon aos gregos, os romanos, na Idade Média, da Renascença, e mesmo sob a mão letal do Iluminismo e do Modernismo, parece que não somos obrigado apenas a viver, mas criar.

Do ponto de vista cristão, dois ou três pontos parece surgir neste contexto.

Por um lado, estamos todos conscientes de viver em um conto que é apenas isso - um conto. Se abre, "No princípio", e uma estória se desenrola. É cercado de não limites. Anjos e arcanjos, Adão, Moisés e a Virgem, para não mencionar o Deus encarnado, habitam a história - e esta história é a unica verdadeira, usado até o fim no palco real da nossa história. Anos brilhantes encolhem em milissegundos quando a grandeza de toda a cena se abre.  Buracos se abrem na alegria das coisas para a perversidade e terríveis sofrimentos. A trama se complica na primeira página com a chegada do mal. E nós homens, ao contrário dos elefantes, os parideos e os mosquitos, encontramo-nos oprimidos; "carregados com consciência". Nós nos perguntamos, o que está acontecendo? O que significa tudo isso? (O mosquito não pergunta.) E como vamos encontrar uma maneira de tratar a infinidade de  felicidade e a tragédia no decorrer da história?

"Era uma vez", nós tentamos, por meio de ressonância para se esforçar em compreender o todo. E tentando essa frase, nós descobrimos que temos, de fato, tropeçados em uma dimensão que nem sempre se apresenta na confusão nos arredores que marcam nossas buscas e responsabilidades comuns. Nossos esforços nesta conexão de imaginação, para ter certeza. Mas a imaginação, afinal, é imagem-em-ação: É a faculdade de criar imagens que nós reflete a imagem de Deus, pois nos é dito, nós mortais, nos distinguímos dos animais. Somente nós somos feitos à imagem do Criador. Nem mesmo os anjos.

E em criando imagens - de Arthur e Jean Valjean a Sra.Coelho - nós respondemos ao chamado que vem da profundidade em que reside o mistério do homem e Deus. E, foi dito a nós, Jesus Cristo é "a imagem do Deus invisível". A Encarnação: o corpo sólido, visível e próximo que se encontra, por outro lado, totalmente além de qualquer poder e que nós temos que compreender.

E os sacramentos: Estes todos têm sua existência no mundo sólido, de carne e osso. Eles estão no pináculo de todo o dogma, doutrina, teologia e discurso. (É interessante notar aqui que o protestantismo tem realmete abandonado os sacramentos como eles os têm entendido pela Igreja desde o seu nascimento apostólico.) Todos os sacramentos realizam o seu trabalho através do mundo físico. Água, pão, vinho, óleo, o sim - e até mesmo a confissão. Você não pode por a sua confissão no correio ou mandar via email. Tem que haver um humano ali. E as Ordens sagradas? Deve haver a cabeça e as mãos de um bispo. Não há sacramento desincorporado.

Então. A estória - nossa estória e todas as estórias que nós, mortais, dissemos-nos. O que realmente nos leva? De verdade - o quê?
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Por Tom Howard aposentado de 40 anos de ensino de Inglês em escolas particulares, faculdades e seminários na Inglaterra e na América.  Original Aqui

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Peter Rabbit é a estória de um coelho desobediente à sua mãe, que destrói o jardim de um senhor e no final não recebe nenhuma consequência.

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In Christo Rege!

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