07 novembro 2010

A Patologia moderna na Igreja


Aqueles que são familiarizados, mesmo que pouco, mas principalmente bem catequisados, sabem que a Igreja sempre passou por crises. Isto é parte da sua purificação. A grande diferença da atual crise que vivemos é que em outros tempos aqueles que não concordavam com alguma doutrina da Igreja tinham a coragem de fundar outra. Desprezando completamente que Fora da Igreja Católica não há salvação!

Hoje em dia, ainda que muitos não concordem com os ensinamentos da Igreja, [- seja qual for a razão, pois no fundo o fato de discordar da Igreja à qual Cristo fundou e prometeu estar até o fim do mundo (Mt 28, 20) só pode ser orgulho, pecado o qual  Deus mais detesta pois é a raiz de todos os pecados (Eclesiástico 10,7-22) e portanto nos impede de colaborar com a graça divina que Deus não para de nos mandar-]. Esses muitos não possuem a coragem de formalmente sair da Igreja e tornarem-se protestante. Até se rotulam como católicos mas estão longe de serem cristãos. Chegam a negar a realidade que é tão clara pois essa realidade têm sido não só falada mas também escrita. Falta Graça? Talvez precisam de graça para CRER na Igreja pois a Igreja é objeto de fé.

Essa doença atual é contagiosa, portanto vale a pena conhecer os sintomas para podermos nos prevenir. E acima de tudo é claro rezar e muito para que seja feita a Vossa vontade e não a nossa. 

Sintomas:
1) Desprezo do Magistério Vivo da Igreja:  ignorando totalmente documentos da Santa Sé ou distorcendo à maneira que lhes agradem;

2) Ira quando discordado: - Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: Raca, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo da geena - (Mt 5,22)

3) Caridade que poder ser 2 tipos:
a- excessiva, ou seja, fruto de um mal entendimento da virtude propriamente dita, acreditam que amar ao próximo e deixá-lo fazer o que quiser e não avisá-lo do pecado em que se encontra. É muito comum ouvirmos coisas do tipo - eu não julgo - o que importa é o coração - Deus é amor etc. - Que são verdades mas CARITAS IN VERITATE;

b- ausência, ou seja, também fruto de um mal entedimento da virtude, acreditam que tudo deva ser levado à - ferro e fogo. Ignorando a Sagrada Escritura - Se alguém disser: amo à Deus mas não ama seu irmão é mentiroso. Pois aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar à Deus, a quem não vê. (Jo 4,20) Ouça Santa Teresa de Jesus - Quanta mais santa a pessoa, mais dócil é seu trato com os outros - (Caminho à Perfeição)

4) Apego demasiado as expressões exteriores: Santa Teresa de Jesus diz que a prática das virtudes começa pelo exterior, não por que seja mais importante, mas sim por ser mais fácil. Mas ainda há um trabalho enorme à ser feito interiormente. Pois seremos julgados e o coração não vamos poder esconder de Cristo. Agora, alguns chegam ao extremo de dar valor apenas ao exterior. Se alguém não chora, ou não é "tocado pelo espírito", ou não usa algo piedoso, ou não se comporta ou reza de acordo com os seus padrões,  - não são fiéis.

A Igreja sofre com essa doença e consequentemente Jesus Cristo também pois essa é a Igreja que Ele fundou com o Seu sangue. E na Sua misericórdia infinita, Ele espera pacientemente que todos se arrependam, voltem a realidade, aprendam o Evangelho e O seguiam completamente. E se os cristaõs não vivem como cristãos quem  se converterá ao cristianismo?

O remédio para curar esta doença? Nos foi deixado pelo próprio Cristo e Giuseppe Sarto nos relembra:

"Quando falamos do Vigário de Cristo, não devemos tergiversar e sim obedecer: não devemos [...] avaliar seus julgamentos, criticar suas orientações, pois com isso injuriamos ao próprio CRISTO. A sociedade está doente [...] a única esperança, o único remédio, é o Papa". "A Igreja é por natureza própria uma sociedade desigual: compreende duas categorias de pessoas, os pastores e o rebanho. Só a hierarquia age e controla [...] O dever da multidão é sujeitar-se a ser governada e executar com espírito submisso as ordens dos que estão no controle.”
R. Aubert (Ed.), The Church in a Secularised Society, Londres, 1978, pp. 129-43.

Giuseppe Sarto é o saudoso São Pio X



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In Christo Rege!

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