05 agosto 2010

O que saiu de errado com o Concílio Ecumênico Vaticano II ?




Comparando a Igreja antes e depois do CVII não há como não se perguntar o que saiu de errado. Não podemos fingir que nada mudou. E hoje todos os problemas da Igreja vem com a faixa Concílio Ecumênico Vaticano II e isto com certeza foi providencial.

A Autoridade do CVII   
Desde o encerramento do concílio, milhões de páginas tem sido escritas para discuti-lo. Alguns dizem que o CVII contradiz os concílios antigos e os ensinamentos anteriores do Magistério e por isso é inválido. A esses o que dizemos é que qualquer problema que os documentos do CVII possam apresentar, contradição em relação aos outros concilios nao há. Pois é o Papa quem convoca um concílio ECUMÊNICO, é ele que monitora os trabalhos dos bispos e promulga os documentos. Quando ele faz isso, ou seja, promulga, esses documentos são o depósito da nossa Fé.
O que faz o CVII válido é o mesmo que fez o CVI, o de Trento e os outros. Para aceitar um é preciso aceitar todos, para rejeitar um é preciso rejeitar todos. Católicos não podem escolher concílios ECUMÊNICOS que aceitam ou rejeitam. A Igreja é autoritativa. Cabe à ela ensinar de acordo com a Tradição da mesma. 

Entre aqueles que aceitam a autoridade do CVII, alguns tem usado os documentos para justificar uma péssima prática da Fé católica, o que um concílio ECUMÊNICO nunca poderia aspirar. Para esses também, dizemos que, para aceitar um concílio deve-se aceitar todos, ou seja os ensinamentos da Igreja não podem ser alterados.

Católicos não podem rejeitar um Concílio Ecumênico
Após um concílio ECUMÊNICO ser debatido, discutido, votado e promulgado pelo Papa não é uma vitória de um lado ou de outro. Os documentos se tornam parte do Magistério da Igreja, produto do ensinamento da Igreja. A igreja como Santa Madre ensina, pois de acordo com a nossa fé, é guiada pelo Espírito Santo. E todos os católicos, para permanecerem unidos a Santa Igreja, devem aceitar os ensinamentos de um concílio Ecumênico. -Código de direito canônico 1322-1323 de 1917, CVI - Pastor Aeternus e Dei Filius-

Por isso rejeitar um concílio ecumênico não é opção católica. O que garante a verdade de um concílio garante a de todos os outros. 

Da mesma maneira, os teólogos que defendem o "espírito do CVII" devem aceitar os ensinamentos do Papa, juntamente com a Tradição da Igreja. - Código de Direito Canônico 336-337-749-750-752-754 de 1983, CVII - Lumen Gentium, 22-25-

Nem mesmo os Bispos possuem autoridade para ensinar sem concordância com o Papa, agora imagine então os teólogos modernos. (aqui adiciono "professores e institutos" que estão espalhados pela internet)
Aqui vemos a contradição dos liberais, eles usam o CVII para justificar seu atos mas  não aceitam a autoridade Papal em corrigir esses erros. Ironicamente não escutar o Papa é rejeitar os documentos do CVII também, o concílio que eles justamente usam para  distorcer a doutrina  Católica.

O Vaticano manda o sinal de advertência
Finalmente em 1985, o Cardeal Ratzinger, então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, fala francamente dos problemas pós-concílio (termo que ele recrimina no livro devido a idéia de ruptura) em uma entrevista-livro -The Ratzinger Report - (que será colocado em breve aqui no blog). E o Papa João Paulo II convoca o Segundo Sínodo Extraordinário no mesmo ano.

Os dois eventos falam abertamente sobre o falso "espírito do CVII". Do Sínodo saiu o Ad Tuendam Fidem.

Como consertar o que saiu de errado?     
Já que o catolicismo é algo que recebemos e não inventamos, AUTORIDADE é essencial para isso.
Quem  recebeu a missão divina de ensinar, interpretar e preservar a nossa fé? A quem devemos recorrer? Quem é a suprema autoridade que Cristo nos deixou?  O Papa e os Bispos em união com ele. 

A escolha não é entre argumentos ou documentos. A escolha é entre AUTORIDADES. Este é o problema. Se Cristo disse: " Eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus..." (Mt 16,18-19) A escolha ficou fácil.....

Portanto o católico deve aceitar o ensinamento solene e repetido do Magistério da Igreja ou de teólogos, websites e "professores"? Se alguém te disser para esquecer o Sermão da Montanha (tão esquecido hoje em dia) que ainda sim você pode ser um bom cristão você o escutaria?

Portanto não aceitar o CVII, não reconhecer a autoridade do Papa, do Magistério da Igreja, rejeitar os documentos emitidos pela Igreja que foi divinamente estabelecida para que o depósito da fé pudesse ser transmitido de geração para geração e achar que ainda sim pode estar em comunhão com a Igreja, é algo muito sério.

Existe uma coisa que é muito fácil de fazermos - pecarmos - muitos católicos se dizem em união com o Papa mas simplesmente rejeitam os seus ensinamentos. Na verdade estes católicos são rivais do Magistério pois  há uma única justificativa para não reconhecer a autoridade da Igreja e para justificar a falta de obediência. A resposta é - falta de humildade - portanto esses são rivais de Cristo.

Argumento não é o remédio    
Pois a crise não é sobre documentos é sobre Obediência. E somente quem é humilde pode obedecer.
O CVII tornou-se uma batalha entre modernistas e tradicionalistas. Esses dois grupos escrevem o que querem distorcendo a Doutrina Católica e quantos de vocês vão procurar a verdade? Ou seja, o que a Igreja realmente ensina. Somos acomodados e preferimos acreditar no que os "professores" dizem.

Mas como fiéis católicos temos uma opção verdadeira e segura. A quem Cristo deu autoridade? 
..."Senhor a quem íriamos nós?....Não vos escolhi eu todos os doze? ..."(João 6, 68-70)

A verdade é que a Igreja não é meramente uma organização humana. Ela é um mistério divinamente instituído e guiada pelo Espírito Santo.

Seria o CVII um sinal do final dos tempos? Pois há uma verdadeira guerra dentro da Igreja. De um lado teólogos negando a autoridade papal e dizendo que os fiéis devem obedecer somente ao CVII. Como pode o concílio estar certo e os documentos pós-concílio errados?

De outro lado católicos que se dizem fiéis a Igreja acham o CVII uma aberração. Se a Igreja não foi protegida de erro no CVII por que haveríamos de acreditar que a Igreja foi protegida nos concílios anteriores? Lembrem-se estamos falando de concílios Ecumênicos, alguns para justificarem o erro insistem em dizer que o CVII é meramente pastoral .
Portanto respondendo a pergunta o que saiu de errado com CVII. A resposta é falta de obediência. Como consertar? Assumindo humildemente que a Igreja é que possui o poder de ensinar e interpretar e segui-lá.
Fátima pediu orações e penitências. Quantos dos que atacam o CVII ou dos que se escondem atrás do mesmo concílio para ensinar heresias faz o que Nossa Senhora pediu?

Fonte: trechos do livro - What went wrong with Vatican II de Ralph M. Mclnerny.
*Os capítulos que descrevem sobre a rebelião gerada entre muitos, após a promulgação da encíclica Humane Vitae, foi retido para ser colocada no futuro.
**O que se encontra entre parênteses foi adicionado por mim.

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Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis, Domine.

Nossa Senhora da Humildade, ora pro nobis.

São José exemplo de obediência e confiança, ora pro nobis.

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Código de Direito Canônico de 1983 comparado com o de 1917

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In Christo Rege!

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